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No topo, o tempo é frio e os ventos fortes
*Por Ivan Postigo Em atividades que envolvem competição, os participantes são implacáveis. Não significa que não respeitem os oponentes, mas que usem todas as regras do jogo e habilidades para superá-los. O boxeador não deixará de nocautear seu adversário, nem o atacante evitará fazer o décimo gol, em sonora goleada. Assim também é o jogo empresarial. A luta não é por espaço no armazém do cliente, um lugarzinho na vitrine do revendedor, uma gôndola a mais no supermercado, um outdoor na rua principal. O esforço é para ocupar, pelo tempo que for possível, a mente do consumidor. A terrível luta para chegar ao topo dessa montanha do sucesso, espaço para apenas um, traz uma surpreendente novidade para quem a alcança: fincada a bandeira, não há conforto, pois o tempo é frio e os ventos fortes. A concorrência pelo privilégio de ocupá-lo é negócio para profissionais. Por essa razão, poucas empresas conseguem manter por muito tempo essa condição. Ainda que insistamos, gestores negligenciam o fato de que a permanência ou mesmo a descida requer a boa companhia de experts, pessoas acostumados a lidar com as intempéries. A descida é sempre mais perigosa que a subida. Há o cansaço, a desânimo pela perda do lugar, o encontro com grupos motivados, subindo cheios de energia, o uso de novos recursos de escalada, e os competidores vão chegando com seus tanques de oxigênio carregados de ar puro. Quanto mais baixo desce a empresa, maior o risco de ser atingido por avalanches. Lá no alto há muitos pés pisando em pedras soltas. Empresa no topo é adversário a ser derrotado. Ainda que não queira, é inevitável que o vencedor sempre deixe no rastro do sucesso lições que podem ser aprendidas e aperfeiçoadas. Note que recordes que ficaram muito tempo sem ser batidos, uma vez que ocorram, serão superados sucessivamente Nesse aspecto, crer é poder. Poder que leva o homem a feitos extraordinários, eliminando a própria descrença e descrédito. Por que chegar ao topo, se a permanência cobra alto preço? Por uma razão muito simples: para permanecer em qualquer competição, o mínimo que podemos fazer é dar o máximo. No jogo das empresas, o preço da entrada não costuma ser baixo e o de saída pode ser muito maior. É sempre bom lembrar a velha frase: por que veio, veio por quê? Se não está preparado, não entre na competição. Entrou no jogo é para jogar. O trabalho na montanha do sucesso não requer apenas a superação dos adversários e das adversidades, é necessário levar ao local da permanência os recursos para subsistência. O que carregar e como continuar a abastecer o local são decisões que dependerão de conhecimentos, recursos financeiros e habilidades excepcionais, que produzirão as vantagens competitivas. Bem agasalhado, com um bom café, ao lado de uma boa fogueira, céu azul, boa companhia, a vista lá de cima é indescritível. Dizem os especialistas e os estudiosos que do alto é mais fácil observar as carências e criar as condições do futuro. Não acredita? Bom, já esperava essa reação. Vem, vamos perguntar a quem chegou! *Ivan Postigo é Diretor de Gestão Empresarial. ...


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